"Como Clonar Cartão de Banco" e Outras Histórias...

Atenção Creuzebek!!! O que segue NÃO É LIÇÃO PRA BANDIDO. Mesmo porque bandido não aprende nunca.
O texto a seguir é um daqueles e-mails que titia manda sobre golpe, só que com carinha pop pra ficar mais suportável.
É o seguinte aviso: é assim que os babacas roubam o seu dinheiro, é assim que eles vão continuar roubando o dinheiro dos outros, e é assim que você vai pegar os fedidos no ato. Sim, fedidos, porque esse é um blog de família.

"Como Clonar Cartão de Banco"
escrito por César Brasil e lido provavelmente apenas por ele

João e Maria vão à balada. Estou sem saco pra escrever o que acontece depois, então vamos pra parte em que está todo mundo bêbado e eles vão pagar a conta, que é o que interessa.
Pronto, está todo mundo no guichê, que legal. A moça da balada - chama-la-emos de Ida, que é nome de vilã - pega o cartão de João, insere na maquininha e entrega para que ele digite a senha. Mas, espere um momento! Ela está com a mão no visor!!! E-- e João está digitando sua senha! Misericórdia, será que ela colocou um valor altíssimo, será que ele está pagando muito mais do que consumiu, será que-- Ai Dios mio! No hace esto Juancito!!!

Pero, Juan hace esto. Ele digita sua senha sem nem ver o que está no visor da maquininha. Ida observa a máquina, aguarda, aguarda... Poxa... Algo parece ter dado errado. Ida faz uma anotação em um papel, irritada com a maquininha. Novamente, com aquela belíssima voz de telemarketing, Ida diz: 'Insira a senha novamente, porr zentileza, senhorr?'. Dessa vez o visor está liberado e João claramente pode ver o valor de seu consumo na balada: $200,00. Sim, João é alcoólatra, mas isso é história para um próximo golpe, o da Buenas Noches Cinderelito Colada. No golpe de agora, João digita sua senha novamente, seguro de ter pago um valor razoável pela deterioração de seu fígado, pega seu comprovante e, com tudo certo, cambaleia atrás de Maria, contente com a possibilidade de consumação carnal - porque sexo é uma palavra muito ampla.

Agora, caros amigos, o lado de Ida, a vilã da novela da Globo, provavelmente irmã de algum Conrado, que todo mundo sabe que é nome inventado pela Globo, porque ninguém se chama Conrado de verdade.

Ida vai trabalhar. Ida se senta em sua cabine da balada. Um otário se aproxima, completamente bêbado, com chiclete no cabelo e chamando o faxineiro de 60 anos de Maria, por algum motivo. Ela pensa: 'Muhuhuhuahuahuahahahahaaaa!".

Maria pega o cartão do ser humano e coloca na maquininha. Na hora de digitar o valor, o que ela faz? Nada! Ela coloca a mão no visor, passa a maquininha para o namoradinho do seu Zé sem tirar a mão do visor e deixa que ele digite sua senha. Pegando a maquininha de volta, ela observa o visor e consegue ver, no lugar do valor da compra, a senha que acaba de ser digitada pelo próprio detentor do cartão. Com sua péssima atuação que convenceria apenas um alcoólatra desgarrado, reclama de seu mau funcionamento e anota em um papel a senha do cidadão. Cancela tudo, preenche com o valor correto, passa para o bebum colocar sua senha e finaliza a compra, no valor certinho. Da 1ª via do comprovante impresso na bobina,  ela copia o número do cartão ao lado da senha dele. Pronto. Ela já tem todo o necessário para fazer uma bela compra online na função crédito do rapagão.

Mas é pior do que João imaginava. Ida faz parte de uma quadrilha com bons recursos e, dois dias depois, ela tem em mãos um cartão com o nome de Joanne Holmes e os dados de João. Cartão este que ela pode usar livremente aonde bem desejar.

Enquanto isso, em um lugar completamente diferente, o dono da balada é processado por algo do qual ele nem tinha conhecimento, e João acorda sentindo as cócegas dos bigodes do faxineiro Zé em suas costas. Uma das últimas sensações antes de se tocar de que fora enganado não apenas pela cirurgia plástica de um senhor que curiosamente residia próximo à Av. Indianópolis.